Grupo Operacional do Nemátodo-da-madeira-do-pinheiro
Financiamento PDR2020 (Programa de Desenvolvimento Rural 2014-2020). Parceria n.º 20 / Iniciativa n.º 28 Ação 1.1 Grupos Operacionais promovida pelo PDR2020 e cofinanciada pelo FEADER, no âmbito do Portugal 2020.
Porquê este projeto?
O que se pretende?
Quem beneficiará?
Quem participa?
Quais os resultados esperados?
Como é financiado?
Entidade coordenadora
Saiba mais sobre o nemátodo-da-madeira-do-pinheiro
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O ICNF, I.P. é parceiro do Grupo Operacional “Gestão Integrada do Pinhal/Nemátode da Madeira do Pinheiro (GI PIN)”, financiado pelo Fundo Europeu Agrícola de Desenvolvimento Rural (FEADER), no âmbito do PDR2020 (Programa de Desenvolvimento Rural 2014-2020). Liderado pela Federação Nacional de Associações de Produtores Florestais, tem uma duração de 48 meses (01/01/2012 a 31/12/2021).
Porquê este projeto?
A doença da murchidão do pinheiro (DMP) é resultado de uma interação complexa entre 3 organismos muito distintos: o nemátode da madeira do pinheiro (NMP), um inseto vetor e uma árvore hospedeira. Em todo o mundo, o NMP é o único elemento comum à interação, já que os vetores (Monochamus spp.) e as árvores hospedeiras (Pinus spp.) variam de local para local.
Em Portugal, a introdução do NMP em 1999 acrescentou no ecossistema do pinhal bravo mais um fator de declínio, que até então se devia sobretudo a incêndios florestais e a surtos de insetos subcorticais. A DMP tem impactes negativos na fileira do pinho que se consideram muito relevantes.
Desde 2008 que a totalidade do território continental foi considerada Zona Demarcada, que integra uma Zona Tampão (ZT), de 20 km de largura delimitada ao longo da fronteira com Espanha, e o restante espaço territorial continental, composto pelos locais de intervenção (LI) e pela restante zona, sem presença do NMP.
O inseto vetor é o organismo responsável pela grande disseminação da doença, pelo que é no controlo das populações deste organismo que tem que se atuar.
Para controlar a DMP procede-se à eliminação das árvores com sintomas de declínio antes do início do período de voo do vetor e à extensão da implementação de restrições à circulação de madeira suscetível originária dos LI para o resto da zona infestada.
As medidas de controlo, integradas no plano de ação nacional para o controlo da dispersão do NMP, estão essencialmente direcionadas para a atuação na ZT. Na restante zona tem-se verificado o aparecimento da doença em novas áreas, o que coloca em causa a eficácia das medidas adotadas.
Por isso, em 2014 foi criada uma Task Force pela União Europeia, liderada pelo Serviço Alimentar e Veterinário SAV da Comissão Europeia, e composta por especialistas de 10 Estados-Membros que recomendou medidas para aumentar a eficiência no controlo do NMP, das quais se destaca a implementação de uma zona de contenção ativa (ZCA), na frente de expansão natural da doença, novos métodos de gestão florestal, a utilização de meios de diagnóstico precoce e a procura de novos meios de luta. Este Grupo Operacional pretende estudar e desenvolver as propostas recomendadas pela Task Force, para posterior implementação.
Estas ações revestem-se de capital importância, uma vez que o investimento que está a ser realizado para impedir a disseminação da doença para outros Estados Membros da UE é muito elevado. Pretende-se potenciar as ações de controlo e assim evitar que as restrições de circulação e comercialização de madeira de coníferas com origem em Portugal esteja livre de restrições, o que a acontecer traria consequências devastadoras para a importante fileira do pinheiro bravo (a nível económico, social e ambiental).
O que se pretende?
Com esta iniciativa pretende-se desenvolver estratégias operacionais que ultrapassem os constrangimentos associados à DMP, de acordo com os normativos e orientações nacionais e comunitárias, tornando a gestão do pinhal-bravo mais eficiente.
A conjugação de novas atividades de gestão florestal, meios de diagnóstico precoce e novos meios de luta, contribuirão para:
- reduzir o impacte económico nas zonas onde a doença se encontra presente;
- reduzir o custo das ações de controlo da doença;
- controlar a sua expansão para novas áreas;
- devolver a confiança aos proprietários florestais para a manutenção,
- plantação e gestão de novas áreas de pinheiro bravo.
Quem beneficiará?
Num sentido mais estrito, serão os proprietários florestais os beneficiários diretos, assim como as entidades públicas de administração indireta do Estado e de investigação e os agentes económicos que intervêm na valorização da fileira do pinheiro-bravo.
O conhecimento mais aprofundado da DMP que se pretende atingir com este GO vai permitir avanços nos métodos de deteção e um controlo mais eficaz desta doença, através de intervenções antecipadas e mais localizadas e uma economia de recursos, beneficiando transversalmente a fileira do pinheiro-bravo.
Num sentido mais lato, o país será o grande beneficiário dos resultados esperados. Através dos ensaios que irão ser testados, fruto da reflexão de investigadores e técnicos nacionais e de propostas realizadas pela Task Force da SAV, e a posterior implementação dos resultados, pretende-se alcançar um novo patamar no controlo da Doença da Murchidão do Pinheiro, manifestando assim à Comissão Europeia o empenho constante do País no controlo deste grave problema fitossanitário.
Quem participa?
PARCEIROS |
DESIGNAÇÃO ABREVIADAS |
Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas, I.P. | ICNF, I.P. |
Federação Nacional das Associações de Proprietários Florestais | FNAPF |
Instituto Nacional de Investigação Agrária e Veterinária, I.P. | INIAV, I.P. |
Universidade de Coimbra | UC |
FIREMAP | FIREMAP |
FLOPONOR | FLOPONOR |
FLORGÉNESE - Produtos e Serviços para a Agricultura e Floresta, Lda |
FLORGÉNESE |
Associação para a Valorização da Floresta de Pinho |
Centro Pinus |
Quais os resultados esperados?
- Criação de uma Zona de Contenção Ativa no limite das freguesias com presença do nematode-da-madeira-do-pinheiro e estabelecimento de um plano estratégico específico de contenção da doença;
- Definição, planeamento e promoção de práticas de gestão florestal adequadas para melhorar o estado sanitário do pinhal;
- Proposta de novas formas de gestão do material contaminado numa perspetiva de segurança ambiental, proteção integrada da floresta e redução de custos;
- Determinação de métodos de avaliação precoce de árvores potencialmente infetadas;
- Avaliação da capacidade de atração, da distância e duração da atratividade de áreas de pinhal percorridas por incêndio;
- Aumento da segurança fitossanitária das atividades de exploração florestal em pinhal nas freguesias classificadas como Locais de Intervenção;
- Desenvolvimento de um método rápido, eficaz e de baixo custo para a classificação de danos;
- Validação da eficácia de amostragem de árvores ao nível do DAP em diferentes regiões climáticas;
- Avaliação da possibilidade de pinheiros em declínio, devido a outros agentes bióticos e abióticos, poderem ser selecionados pelas fêmeas do vetor para realização da postura e verificação da ocorrência de transmissão secundária;
- Cálculo do risco de infeção por NMP em pinhais de diferentes idades/ dimensões;
- Avaliação do período de emergência e voo do vetor em diferentes condições climáticas.
Como é financiado?
Este projeto é financiado no âmbito do PDR2020 (Programa de Desenvolvimento Rural 2014-2020), Área 1 – Inovação e Conhecimento, Medida 1 – Inovação e Conhecimento, Medida 1 - Inovação, Ação 1.1 – Grupos Operacionais.
O Programa de Desenvolvimento Rural (PDR) é um instrumento político e um mecanismo de financiamento utilizado pelos Estados-Membros para implementar as políticas de desenvolvimento rural da UE, num território específico. O PDR2020 tem como objetivo apoiar o investimento em explorações agrícolas e florestais, em empresas agroindustriais e na instalação de jovens agricultores, potenciado as condições para aumentar a competitividade.
O Fundo Europeu Agrícola de Desenvolvimento Rural (FEADER) é o principal instrumento de financiamento para a implementação do 2º pilar da Política Agrícola Comum, sendo o instrumento financeiro da União Europeia, destinado aos Estados-Membros, para alcançar diversos objetivos europeus de política de desenvolvimento rural, tais como melhorar a competitividade das empresas agrícolas, florestais e agroalimentares, ajudar a proteger a natureza e o ambiente, apoiar as economias rurais e melhorar a qualidade de vida nas zonas rurais. O FEADER financia também estratégias de desenvolvimento local e ações de assistência técnica (projetos do tipo "Leader") e contribui para a realização da Estratégia Europa 2020 através da promoção do desenvolvimento rural sustentável em toda a União, em complementaridade com os outros instrumentos da política agrícola comum, da política de coesão e da política comum das pescas.
Saiba mais sobre o FEADER no sítio do IFAP.
Entidade coordenadora
Federação Nacional das Associações de Proprietários Florestais
Telma Briote
Rua Dr. António Costa Júnior
3420-053 Covas, Tábua | Portugal
Telefone: +351 238 602 444
Telemóvel: +351 915 670 702
Fax: +351 238 604 393
E-mail: telma.briote@fnapf.pt
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U.A.: 2019-01-18